Festas temáticas: Como fazer uma festa mexicana: do planejamento a Decoração!

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FloresSe tem uma coisa que amo nesta vida são as festas. Encontrar pessoas queridas, comer, beber, dançar. Tem algo melhor? Mas como sou do tipo de pessoa mão na massa me divirto muito organizando e preparando cada detalhe. É aquela história de que o viajar é mais do que a viagem. Você passa um ano pensando detalhes e sonhando com uma festa de casamento que dura lá no máximo 6 ou 8 horas. Rios de dinheiro e parece que não durou mais do que 5 minutos. Acredito que quem curtiu os preparativos aproveitou muito mais. Mesmo que não goste de fazer nada no estilo DIY (Do It Yourself), só o fato de pensar e contratar terceiros já te deixa envolvido naquele clima de comemoração. Por isto que festa boa para mim é assim: tem que ter o antes. E é justamente nesta hora que deixo minha criatividade aflorar. E como minha mente vive nas nuvens não consigo colocar metade do que pensei em prática. Mas tá valendo e fica sempre arquivado para uma próxima.

Este ano resolvi comemorar meu aniversário com um jantar mexicano para alguns amigos. Me diverti muito no pré festa e na festa. E fiquei com uma vontade imensa de conhecer o México. Bem da verdade é que este ano não ia ter festa (já viu não ter festa aqui? risos). Minha irmã e meu marido estavam me fazendo desistir pois iriam me fazer uma pizzada surpresa. Para desgosto do meu marido, minha irmã acabou com o segredo pois me viu irredutível em desistir de comemorar. Com a idade e a maturidade a gente tem que se assumir. Então parei de dizer que não sou louca por festas. E depois que li sobre uma festa para celebrar a aquisição de cadeiras novas para sala de jantar me “chateei” por nunca ter dado uma festa sem motivo. Sim família, existe gente mais empolgada do que eu! Mas deixa estar que estou precisando de um lustre novo para minha sala. hohohoho

Por fim, por mais que meu marido seja o melhor pizzaiolo que eu conheça achamos que ficaria puxado fazer pizzada para mais de 20 pessoas. Assim sendo, sei lá por que motivo cai no tema mexicano e como já tinha feitos alguns jantares com esta maravilhosa comida me joguei neste mundo alegre e divertido. Continuar lendo

Ser passional versus racional

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tumblr_lp4vdfTuCx1qg9760o1_r2_500A maturidade é muito boa. Plena no sentido que conhecemos nossos defeitos intrínsecos. Sabemos onde podemos melhorar e o que temos que aceitar como personalidade definitiva. O autoconhecimento é uma dádiva. E apesar de saber muito sobre mim mesma, vez por outra me espanto como existem traços tão meus que me fazem ser tão eu. Características que me diferem de outros entes muitas vezes tão próximos.

Estava certa vez envolvida em um trabalho quando recebo um material locado quebrado. Aquilo me chateou de uma tal maneira que logo entrei em contato com a proprietária e relatei o estado de um dos artigos. “O barco que me enviou estava esmigalhado” afirmei eu do lado de cá da linha. Na minha fala estava o relato do acontecido somando-se a toda a emoção e desapontamento que advinham do fato.

Situação resolvida a outra parte me diz: “mas o barco estava quebrado apenas em um local. Quando disse esmigalhado achei que tinha virado poeira.” Simples de resolver. Diferente do meu relato, a fornecedora esperava um barco estraçalhado. Na minha auto reflexão logo notei certo exagero. Como de costume relatei o ocorrido conforme meus sentimentos. E por isto a grande ênfase. Se tivesse apenas analisado os fatos racionalmente teria me poupado muito estresse.

E nisto, me pergunto: como será a vida de um ser totalmente racional? Não sei dizer! Não que eu pense que seja passional. Eu sou. Seres passionais “não pensam” eles sentem. Assim dizem meu mapa astral, todos os testes vocacionais que já fiz e todas as pessoas que me conhecem bem e as que me viram passar do outro lado da rua. Não há como negar. É desequilíbrio puro. Dizem (possivelmente os racionais) que o ideal seria equilibrar mente e coração, razão e emoção. Mas “aqui” o desequilíbrio impera.

Uma pessoa passional jamais seria confundida com um ser racional. Sabe aquela música do cazuza: “jogado ao seu pés eu sou mesmo exagerado”?  É um pouco por aí. Ou totalmente por ai já que para a paixão não existe meio termo. Não pondere! Pra ponderar é preciso parar e pensar. O coração é impulso. Ele age.

Ame ou odeie. Gostar mais ou menos. Desgostar um pouco. Não existe. Bege não é cor. Pouco amor é pior que nenhum. Viver sem paixão é o mesmo que deitar e esperar a morte. A paixão vive de riscos.

Alguém assim sofre mais, chora mais, se chateia mais. Mas antes que você que tem tudo friamente calculado diga: ai que chatice. Eu digo que este tipo de gente ama mais, vive mais (não por tempo e sim por intensidade), ri mais. Vai mais vezes até as nuvens. Se entrega, se doa, se joga de cabeça. E por estas e outras que um barco nunca quebra no mastro. Ele esmigalha. Uma amizade nunca fica morna ela congela. Um amor nunca termina ele morre.

Por vezes invejei os racionais ponderados. A emoção cria, gera, pari coisas lindas. Mas dela provém o caos. Quem me dera ser organizada, centrada, controlada. E o que não temos dentro de nós buscamos fora. Por isto meu parceiro de vida é racional. Me tira do caos, me traz para a terra, me complementa. Com ele posso usar toda a criatividade, voar até a lua que a volta para o planeta terra está garantida!

Decoração Festa Pirata – Ideias e Dicas

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Atendendo a pedidos, que modéstia as favas, não foram poucos (risos). Vim contar um pouco mais dos detalhes da festa tema pirata que fiz para meu mais velho.

Quando olhamos a mesa montada nem imaginamos quanto tempo foi investido em cada detalhe. O primeiro passo para um bom resultado é ter criatividade e disponibilidade. A verdade é que pensar em uma decoração de festa infantil dá um certo trabalho. Sobretudo se iremos nós mesmas produzir algumas peças para baratear o custo final ou para personaliza-las.

Eu, por exemplo, inventei de comprar peças de MDF cru para pintar. Nem foi tanto por economia e sim porque queria escolher os tons das peças e deixa-las no mesmo tom. Por fim, foi uma trabalheira desnecessária e conclui que no próximo evento prefiro encontrar tudo pintado.

Olha aí algumas peças já pintadas e as outras esperando a tinta, todas espalhadas na minha mesa de jantar.

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O convite também foi feito por mim mesma. Uma garrafinha de plástico, com areia falsa, simulando uma mensagem atirada ao mar. Dentro o convite em forma de mapa do tesouro, que vinha amarrado para que o convidado retirasse a peça com facilidade. Vi muitas versões deste convite com garrafa de vidro. Mas achei que o plástico seria mais seguro para as crianças.

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Este tema é muito prazeroso de trabalhar pois tem vários elementos que podem ser utilizados e muita brincadeira lúdica. Explorei bastante os detalhes deste universo como moedas de ouro, baús do tesouro, bandeiras com caveira. Mas as cores escolhidas predominantemente fugiam do lugar comum. Nada de toalha preta, fundo vermelho e balões de caveira. Meu filho estava fazendo 3 anos e eu queria uma festa mais leve. Por isto lancei mão do azul para lembrar do mar e do céu. Foram usados dois tons de azul. O claro, o navy e também o vermelho. O preto e a caveira entraram apenas como complemento e não com foco central.

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Os balões azuis claro envoltos em um transparente davam a idéia de céu e nuvem. Assim como as luminárias jaoonesas azul e branca. A toalha azul clara enfeitada com rede de pesca remetiam ao mar. Para a toalha comprei os tecidos e mandei para uma costureira do meu bairro. Importante deixar a toalha bem passada. O algodão amassado estragaria toda a produção.

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Vejam abaixo mais alguns detalhes.

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pedro_058 O vermelho foi usado até no suco de morango das garrafas coquinho.

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  Barcos de madeira e de papel, bandeiras, caveiras, assim como moedas de chocolate e baús do tesouro não podiam faltar para caracterizar a festa.

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 O Bolo era da Arte da ka com as cores navy. Coloquei apenas uma bandeira pirata no bote.

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Outra idéia que achei bem interessante foi servir a gelatina azul com o “barquinho” de goma de mascar e uma bandeirinha. As crianças amaram!

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Em festa de pirata não pode faltar o baú do tesouro. Usei moedas de chocolate, doces em papel dourado e colares de pérola. O mapa do tesouro veio desenhado em um pirulito de chocolate da Nika Linden.

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Os docinhos (brigadeiro, beijinho, docinho de nozes, brigadeiro rosa e brigadeiro branco, doce no copinho brigadeiro ouro e copinho fundo do mar), além dos mini cupcakes e do bolo de corte estavam divinos e são da Mercearia Dona Boleira.

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 A animação foi garantida pelos bobos da corte que seguiram minha sugestão e fizeram uma animada caça ao tesouro.

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Olha quanto pirata lindo! Os tapa olhos distribuídos na festa foram feitos também por mim. Além da animação, garantimos o aluguel dos brinquedos para nenhum pirata ficar entediado. Somente aquele kit básico, cama elástica e piscina de bolinhas, deu conta do recado.

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Os centros de mesa eram os barcos de MDF com balões de gás hélio nas cores da festa. Mas fiquei sem nenhuma foto. Na entrada coloquei cachos de balão de gás hélio para demarcar o local de entrada do salão. O buffet de sanduiches e salgados era o Banana Azul e foi aprovado pelos convidados. Espero que as dicas ajudem na produção de outras festas piratinhas!

Fornecedores:

Buffet: Banana Azul

Animação: Bobos da corte

Brinquedos: Rose Kids

Bolo Fake: Arte da Ka

Decoração: Fabiana Borgheresi

Doces simples, cupcakes e bolo de corte: Mercearia Dona Boleira

Doces decorados e pirulito de chocolate: Nika Linden

Peças de vidro: Camicado

Peças de madeira: Casa da Arte

Bonecos, bandeirolas: Elo7

Luminária japonesa, letras em MDF, panelas de brigadeiro: Mercado Livre

 

Fazendo a festa! Como organizar uma festa infantil em domicílio. Parte 1

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BALÕESAcabo de sair de mais uma maratona de organização de festa de filho. O evento foi há dois dias mais ainda estou me recuperando da semana puxada de preparativos, sem falar no trabalho, no cuidado com os dois pequenos, casa marido e se sobrou um tempinho, comigo mesma. Minha família fica de “cabelo em pé” quando falo de festas. Sobretudo o “maridon”. Além de ele não ser super fã de grandes eventos, acha bobagem gastar com isto e sabe que uma coisa ou outra vai acabar sobrando para ele. Toda vez reclama, mas acaba sempre ajudando. O meu negócio com as festas é que eu adoro ir, mas amo ainda mais planejar, colocar a mão na massa, pensar nos detalhes e receber os convidados. Mas para dar festa antes de mais nada precisa de tempo, paciência e disponibilidade. Por mais que se contrate tudo pronto e a festa seja em um buffet, a menos que você possua um organizador de eventos, você terá que pensar sobre e escolher. Decoração, convite, cor da festa, comida, bebidas, doces, músicas, fazer lista de convidados, atrações e muitos outros itens. Apenas pensando nos detalhes já se gasta um tempo enorme.

Já fiz várias festas, churrascos, reuniões, jantares, almoços, chás, e planejei sem ajuda meu casamento. Mas quando engravidei entrei de cabeça no universo de festas infantis. Há três anos fiz o chá de bebe do mais velho e desde então foram 8 festas. Todas planejadas, decoradas e produzidas por mim. Somando ao fato dos doces ficarem sob minha responsabilidade e/ou da minha loja. Com os elogios recebidos nas últimas festas, os quais levei a sério, no final do ano passado busquei um curso com uma decoradora muito conceituada no mercado para me especializar. Sou muito critica e ainda vejo inúmeros pontos de melhoria. Mas a evolução é visível da primeira festa para a última sobretudo na decoração da mesa de doces, e após o curso tudo ficou ainda mais .

Para quem não saber por onde começar o planejamento eu sugiro um roteirinho bem simples abaixo:

1) Faça a lista de convidados e estime uma falta de 20% a 30%. Com a quantidade em mãos fica mais fácil contratar fornecedores e escolher local da festa.

2) Contrate ou faça você mesmo os convites da festa. Convide com 15 a 10 dias de antecedência. Seja por e-mail, telefone, pessoalmente ou com o convite impresso. Em festa de criança não se convida muito antes pois alguns convidados esquecem. E com a falta de tempo nem sempre conseguimos entregar convite impresso para todos. Pense nisto.

3) Dependendo do porte da festa vale a pena “tentar” um RSVP (répondez s’il vous plaît– responda por favor). Brasileiro não tem o hábito de confirmar mas como diria a minha mãe é de “bom tom”. Escutei de uma amiga que pedir para confirmar presença poderia dar a ideia de que a festa não tinha verba para todos os convidados. Mas não é isto. Fora do Brasil é muito comum. Confirmar a presença é chique, educado e garante que não se jogue comida fora e nem que falte nada. Para uma festa grande um RSVP ativo vale a pena. Para uma pequena deixar um telefone e e-mail no convite, e perguntar para alguns convidados resolve.

3) Escolha o local da festa. Em casa, salão de festa, no jardim, no buffet, na praia, clube, sitio. E que por favor, comporte o número de convidados. Nada mais desagradável que lotar um salão de prédio com capacidade para 50 com 200 pessoas. E não é necessário alugar grande quantidade de mobiliário. É um grande erro achar que todos precisam ficar sentados. Apenas 40% dos convidados ficam sentados nas festas. Sobretudo em festas de crianças em que temos que ficar correndo atrás dos pequenos.

4) Defina tema da festa. Cores usadas. Personagens. De preferência que o aniversariante opine e escolha se tiver idade suficiente para isto.

5) Contrate buffet ou organize o preparo de salgados. Escolha variedades pensando que os convidados possuem paladar variados e muitos apresentam intolerância a certos alimentos. Não pense apenas no seu gosto. Se gosta de palmito não pode contratar tudo neste sabor esquecendo quem prefere o queijo.

6) Bebidas: Não esqueça do refrigerante, água, cerveja. Hoje em dia é esperado que se tenha ao menos uma opção de suco. E para alguns casos espumante/ prosseco caem bem.

7) Contrate doces e bolo. Alguém já viu aniversário sem bolo? Item muito importante. Se quiser um bolo mais bonito para a mesa e um bem gostoso para corte alugue ou compre um “bolo fake” e sirva o bolo que chamamos de corte ou colchão. Para cada cento varie o tipo de doce. Para 500 docinhos, 5 tipos. Para 400, 4 tipos. Lembre sempre que o brigadeiro é campeão de audiência. Tenha variedade mas ofereça para o convidados 1/4 dos docinhos em brigadeiros.

8) Festa em salão de festas de prédio precisa de pelo menos uma atração. Animadores, teatrinhos e aluguel de brinquedos. Crianças precisam de programação. Elas não vão à festas para comer, beber e conversar com os adultos.

9) Música. Deixar uma música ambiente mesclando gosto infantil com o adulto deixa a festa mais alegre.

10) Tire muitas fotos  da decoração, ambiente e de todos os convidados. Você vai querer lembrar de todos que estiveram presente. Se puder contratar um profissional melhor ainda. Assim aproveita a festa e as fotos saem todas lindas.

11) Não esqueça da lembrancinha! Criança são mais fáceis de agradar do que pensamos. E nem sempre é preciso gastar neste item uma pequena fortuna. Combine a lembrança com o tema da festa e use a criatividade. Mas lembre-se que os pequenos já esperam ganhar algo no final da festa.

Algumas informações úteis:

Quantidades por pessoa:

Lembrancinha: 1 por criança. Compre 10% a mais para que não falte.

Docinhos: 5 por pessoa

Bolo: 100 gramas por pessoa

Decorados da mesa: 1 para cada 2 convidados. Nem todos pegam e sobra muito. Escolha 3 variedades entre cakepop, cupcake, doces modelados, biscoitos decorados, pushcakes, bolo no pote, panela de brigadeiro, pirulito de chocolate, maçã do amor entre outros.

Salgados (apenas coquetel): 15 por pessoa. Escolha de 4 a 8 tipos. Fuja das frituras e varie os sabores. Queijo, palmito, frango, carne, calabresa, presunto. Sanduichinhos são boas pedidas.

Refrigerante: 600 ml por pessoa

Suco: 200 ml por pessoa

Água: 200 ml por pessoa

Cerveja: 2 latas por pessoa. Parece pouco mas é comprovado. Não quis aceitar nas últimas festas e sempre sobra muita cerveja. Mas foi difícil aceitar que passamos de 6 latas por pessoas nos churrascos da facul para 2. Em festa de criança ninguém bebe muito.

E ai gostaram? Espero ter ajudado! No próximo vamos falar um pouco de decoração da festa e escolha de temas e cores…

Você sabe escolher entre o certo e errado?

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O vestido verde ou azul? Vamos pra praia ou para o campo? Comida japonesa ou pizza? Contrato a fulana ou beltrana? Quando optamos por algo deixamos muitas outras opções de lado. Algumas vezes temos a chance de voltar atrás. Mas na grande maioria não. Algumas escolhas são irreversíveis.

Decisões me deixam tensas por inúmeros motivos. Medo de errar, necessidade de estar sempre certa, insegurança, mania de perfeição. “O verde ficou bom, mas o azul teria ficado melhor. Que pena!” As vezes gastamos um tempo enorme para ter a absoluta certeza de que estamos fazendo a escolha certa. E podemos pensar por dias. Nunca teremos. Por vezes a conclusão de boa ou má escolha vem com anos depois.

Viver envolve riscos, e muitos. Basta pensar que a única certeza de que temos é a morte. Fazemos planos para meses, anos, sem ao menos saber se teremos mais do que o amanhã. Vivemos com arrogância achando que somos donos do nosso tempo. Mas ele não é nosso. Pensando assim, escolher a cor da roupa, a refeição do almoço ou a viagem de férias se tornam pequenos detalhes.

Para grandes decisões não existem garantias, a vida não nos dá uma “degustação” dos caminhos. Você não pode provar de tudo um pouco e optar. Pondere, reflita e se jogue. Escutei desde menina: “quem tem medo vive pela metade”. A frase me marcou muito pois sempre me achei muito medrosa. E foi lutando com medo de barata, de lugar fechado, de mar bravo, de assalto, que percebi que sou muito corajosa. Coragem para as situações da vida de fato importante, para se arriscar nas grandes decisões, enfrentar as reviravoltas de perdas e ganhos.

Com a maturidade parei de me arrepender muito para agradecer sempre. Mesmo sendo clichê é muito bom saber que no erro aprendemos mais, crescemos, evoluímos. Creio que passamos na vida pelo que precisamos. E uma opção errada leva a um final certo. E viver é isto. Se arriscar, correr atrás, decidir e mudar caso necessário.

Desistir, mudar de ideia é sábio. Algo que devemos praticar sempre. Sempre é tempo de voltar a trás. A escolha certa ou errada não existe. Temos por obrigação buscar o que nos faz feliz. Para as grandes decisões busque respostas dentro de si mesmo. Onde estiver seu coração, é lá que está seu caminho. Fé em Deus e pé na tábua!

Dores e delícias de ser mãe empreendedora no Brasil

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Ter uma lojinha de bolos caseiros, trabalhar com o que gosta, ganhar dinheiro, ter horários flexíveis, tempo de sobra para os filhotes, ginástica, compras, amigos, família, marido. Não é um sonho? Sim, é! Contudo a realidade as vezes pode ser bem diferente.

Ninguém disse que seria fácil. Muito pelo contrário! Os dados desencorajam. 45% das microempresas brasileiras fecham as portas nos dois primeiros anos. Ser empresário no Brasil não é “bolinho”. Impostos altíssimos, burocracia, mão de obra despreparada e desinteressada, custos altos de insumos e propaganda. Mas mesmo assim somos um dos povos mais empreendedores do mundo. O perfil do brasileiro é marcado por ousadia. Somos preparados para arriscar, temos criatividade de sobra e muitas vezes a necessidade dá o pontapé inicial.

E apesar de tudo que anda acontecendo no nosso país: eu sou sim brasileira e não desisto NUNCA! E perseverança é a grande qualidade do empreendedor brasileiro. Contudo é preciso cautela. Muitos sonham com o negócio próprio pensando em trabalhar menos. Mas isto quase nunca acontece. Outro ponto que tenho observado é o número cada vez maior de mães se tornando empreendedoras. Não tem jeito, mãe que é mãe quer estar perto da cria. E uma grande vantagem de ser dona do próprio “nariz” é a flexibilidade de horários. Provavelmente vocë irá trabalhar muito mais, por outro lado irá conseguir passar mais tempo com seu filho quando ele estiver acordado. Ou seja, a coitada aqui quase não dorme. Crianças dormindo é hora de voltar ao batente.

Entre dores e delícias, listei abaixo questões importantes para reflexão. Você que está pensando em mandar o chefe para o Alasca e montar uma barraquinha na 25 de marco, dê uma lida antes.

Bons motivos para de ter um negócio próprio:

1)    Ele é todo seu. E isto é demais. Você decide, você manda e desmanda. Não gostou tira, teve a ideia arrisca. Não precisa aprovar na diretoria, não é necessário convencer o superior. Tudo fica com a sua cara. Do seu jeito. Se tudo ficar lindo e for um sucesso o mérito é todo seu.

2)    Qualidade de vida e flexibilidade. Flexibilidade é a segunda grande questão de ser seu próprio patrão. Você não precisa ficar sentando em frente ao computador caçando mosca se não tiver realmente trabalho. Sai a hora que quer e entra a hora que quer. Se não tiver nada para fazer e quiser ir ao cinema no meio da tarde pode (mas é bem difícil que isto aconteça). A qualidade de vida vem com o tempo e provém principalmente do prazer em trabalhar com o que gostamos.

3)    Você escolhe funcionários e parceiros. Não tem que suportar colega mala. Só faz negócio com pares que partilham das mesmas ideias que as suas.

4)    Você aprende a todo instante. Não existe zona de conforto. Você jamais vai conquistar um patamar em que poderá deitar em berço esplêndido. Qualificação, renovação, dedicação sempre serão requisitadas.

5)    A possibilidade de realizar algo. Criar e executar um projeto seu dá muita satisfação e orgulho. Um bálsamo para auto estima.

Mas a realidade é que realmente nem tudo são flores. Senão, provavelmente todo mundo abriria a sua “lojinha” e ninguém se subordinaria a ninguém.

Motivos para colocar na balança antes de se arriscar neste universo:

1)    O primeiro grande motivo para levar em consideração é que o negócio é todo seu. A maior vantagem é também a maior desvantagem. Sendo tudo seu, qualquer erro grave, que por ventura levar ao fracasso, a culpa sera só sua. Vai perder o sono, ficar preocupado, ter que arcar com erros de todos os funcionários. Não dá mais para jogar a caneta e deixar o trabalho em casa. O trabalho “gruda” em você.

2)    Enfim, ser dono do negócio não significa trabalhar menos. É exatamente o oposto. Principalmente no inicio (primeiros 10 anos… risos). Não existirá  final de semana, feriado ou final de expediente. Você pode até decidir deixar para depois mas é seu bolso que vai esvaziar, sua marca que vai ficar para trás, seu sucesso que vai ser adiado. E como muitos falavam nos descobrimos “chefes” mais exigentes e carrascos conoscos do que qualquer outro que tenha passado por nossas vidas.

3)    Tirar férias e se ausentar por muito tempo fica muito mais dificil. A não ser que você tenha um bom sócio para rodiziar.

4)    Todo mundo vai dar palpite e vai ter uma solução mágica para todo e qualquer problema que sua empresa esteja enfrentando. Desde familiares, amigos até clientes. Secretamente todos imaginam que no seu lugar fariam muito melhor. Escute os bons conselhos, filter os maus e tenha em mente que a maioria das pessoas só quer mesmo é ajudar.

5)    A grana fica curta por bom tempo. O começo é de vacas magras e, é preciso ter reservas para enfrentar e atravessar este período. Além de curacao forte para acompanhar a emoção dos altos e baixos.

E como diria Fernando Pessoa “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Arrisque, persiga seus sonhos e boa sorte!

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Quando parei de fugir do meu sonho…

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Era uma vez uma garotinha que adorava criar, inventar moda, fazer trabalhos manuais. Ela sonhava, pensava em um pequeno negócio, colocava em prática e a irmã dela vendia e logo depois ela cansava e abandonava tudo em um canto.

Foi assim desde os seus 09 anos, quando certa vez minha mãe envergonhada quis saber porque minha irmã mais nova estava vendendo perfumes com flores esmagadas para as colegas de sala. Depois disto foram inúmeras outras viagens. Camisetas, bijuterias, velas, sabonetes, ovos de páscoa, brindes, papelaria entre outras. Tudo sempre começava com um sonho, mil ideias e terminava com um monte de bugiganga entulhada no canto.

Veio a faculdade, o trabalho e a pós em gestão de negócios e marketing que jogou uma nova luz sobre a capacidade criativa. Era preciso um plano negócio sério para colocar em prática o projeto. E veio, como conclusão de curso mais um empreendimento que parou no fundo da gaveta. Bolsas em tecidos pela internet. A marca teve até logo e nome.

E a vida seguiu seu curso. Excesso de trabalho, casamento, amigos, viagens e todos os projetos empoeirando na estante.  Até que um pequeno príncipe surgiu em minha vida e me trouxe de volta a capacidade de sonhar, acreditar, imaginar. Estava plantada a sementinha. Licença maternidade. Para ou não para de trabalhar? Não para! Ih, melhor parar. Parei! Que tédio! Perdida. Melhor voltar. Volta… Ihhh, mas espera. Outro príncipe a caminho.

E os planos que a gente não faz são muitos melhores do que os que a gente faz. Com um bebe na barriga e outro no colo, a vontade de ser dona do nariz, do meu tempo crescia. Enquanto isto, surgiam as primeiras lojas de bolos caseiros em São Paulo. Poderia ser uma boa trazer isto para cá. Mas cadê coragem? Não era a hora. Tudo a seu tempo.

Meses depois. Nossa! Aquelas lojas de São Paulo estão “bombando” eu ia gostar de ter uma por aqui. Gostar não! Amar. São a minha cara. Tá louca? Com criança pequena? Marido sem trabalhar? E o dinheiro?

Plano de negócios, marca, logotipo, site, papelaria, aluguel do espaço, reforma, testar milhões de receitas, contratar funcionárias, inauguração com festa. Tudo em um mês! Ufa! Achou pouco? Então acrescente dois bebes e subtraia toda e qualquer ajuda doméstica. A babá só veio depois de dois meses da loja inaugurada. E já se foi…

E foi assim que com um filho de quase 2, e outro de 3 meses no colo, no olho do furacão, decidi me jogar de cabeça em uma lojinha de bolos caseiros em um centrinho comercial perto de casa. Nasceu meu terceiro filho.

Como não existiam em minha família nenhum comerciante ou empresário do ramo alimentício a experiência inicial era zero. Munida apenas de algumas poucas receitinhas de bolos, criatividade, dedicação, força de vontade, amor e doses extras de perseverança. Mas tanta, tanta que nem sabia que seria capaz de ter.

E desde então, joguei muito bolo fora, carreguei muito fardo de farinha, me irritei com funcionaria sem comprometimento, briguei com fornecedor, testei e criei receitas, divulguei a marca, coloquei literalmente a mão na massa, derrubei bolo no chão. Trabalhei praticamente de graça. Tive dias ruins. Sentei e chorei. Pensei em desistir. Mas prossegui. Mesmo quando todos haviam jogado a toalha no dia seguinte acordava com mais vontade. Este é meu sonho e só desisto dele com a convicção de que fiz o possível, o meu melhor.

E tudo que fazemos com amor dá frutos. Se faltou vivência sobrou dedicação, desde a foto amadora tirada comparada a de um profissional, passando pela decoração do espaço e das receitas relíquias conquistadas. Elogios dos clientes sobram e aquecem a alma. Como um bolo quentinho feito pela nossa avó servido com café no fim da tarde. Realização e reconhecimento vieram. Falta ainda o retorno financeiro. Ser empresário no nosso país não é fácil.

Hoje olho para trás e lá se vão quase um ano. E penso: mulher que coragem! Sem dinheiro, sem experiência, sem pé de meia, com dois filhos pequenos. Ninguém pode mais me acusar de não tentar, de desistir facilmente. Que orgulho de mim mesma. Enfim é a maturidade. Ou será a maternidade?

Para viver é preciso coragem. Cada escolha leva a um resultado, não existe volta. Tropeçou, caiu, levantou. Errou? Tente de novo. Se arrependeu? Mude o curso. Estava na estrada errada? Admita, assuma, erga a cabeça e volte atrás. Mas jamais desista do que te faz feliz!

Quem quiser conhecer a lojinha no centro comercial de alphaville. Seja bem vindo! A Mercearia Dona Boleira espera vocês de braços abertos.

Toda mãe tem mania de perfeição? Mãe trabalhadora X Mãe que não trabalha!

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Eu não sou muito favorável a utilização indiscriminada de rótulos. Daqueles que ditam que brasileiros são assim, professores são assados, mulheres são todas de um jeito e mães só mudam de endereço. Cada ser é único, embora repleto de semelhanças. Entretanto, muito tenho lido e escutado acerca da mania de perfeição e da alta competição das mães modernas e urbanas, regada com muita culpa, logicamente. E devo confessar que este assunto vem me atormentando há tempos. Desta maneira volto a este abandonado blog para refletir sobre o tema. Ops, já me senti culpada pelo abandono do blog.

Este assunto me absorve e além de ser mãe recente a espera do segundo, um texto muito interessante de uma querida amiga jogou uma nova luz sobre o fato e me deu vontade de opinar. Minha amiga brasileira que mora na Suíça (e está cada dia mais suíça) se auto intitulou Mami-Monstro e se tornou a nossa mais adorável anti-heroína. Assumiu seus erros e acertos e desistiu da máscara de falsa perfeição. Para quem quiser ler o texto segue o link:(http://umabrasileiranasuica.wordpress.com/2012/04/04/mami-monstro-11/ ).

Com minha veia antropológica de cientista social não me canso de observar todas as mãe que encontro, e claro, a mim mesma. É difícil negar que as mulheres são de fato seres competitivos mas nada pode se comparar a veia competitiva materna. Podemos até confessar na academia que o sexo em casa está fraco ou admitir para a ex-colega da facul que o emprego está péssimo e mal remunerado, reclamar da falta de romantismo do marido, da conta bancária no vermelho, entregar os quilos que engordamos com os anos… Mas JAMAIS em tempo algum iremos denegrir nossa imagem de mãe, que tenta ser a melhor e que busca a perfeição, perante as outras. Claro que devemos levar em consideração o que cada uma considera a perfeição. Para umas é estar sempre presente, para outras dar um bom exemplo ou uma boa alimentação e há ainda as que crêem que o melhor é prover bens materiais e conforto.

Em um dia exaustivo com os filhos NUNCA revelaremos para as outras mães nossos medos, angústias, nossas falhas e dúvidas. Sofremos com nosso alto índice de culpa materna (sempre nos apontando que poderíamos fazer mais e melhor). E como em um movimento de legítima defesa apontamos os erros das outras antes que apontem o nosso. E lá começa a guerra entre os mais variados tipos de mães. As que trabalham versus as que não trabalham é um verdadeiro duelo clássico (Já estive em ambos os lados do ringue e portanto sinto-me a vontade para apontar os principais golpes “sujos” utilizados pelas adversárias) risos.

Do lado esquerdo estão as mãe trabalhadoras. Estas mulheres acreditam ser, e na maioria dos casos são, mais auto suficientes, independentes e multitarefas. Possuem múltiplos interesses e objetivos de vida (crescer na carreira, finalizar o MBA, cultivar os amigos, cuidar dela mesma, estar com a família, namorar o marido, viajar o mundo, ajudar os menos favorecidos e salvar o planeta). Entretanto, não conseguem tempo para cumprir metade dos seus interesses (e o maior prejudicado é sempre o marido). Elas pensam que as não trabalhadoras são fúteis, preguiçosas, dependentes e passam o dia no shopping, malhando o corpo ou vendo novelas. Além, de não terem uma vida própria pois vivem única e exclusivamente para filhos, maridos e casa. “Fazer academia ou curso de cupcake não é necessariamente um projeto de vida, certo?” As trabalhadoras sofrem de culpa crônica em relação a sua ausência no dia-a-dia com os filhos. Culpa que acaba sendo agravada pelo os discursos maléficos das mães donas de casa ou dondocas que fazem afirmações como: “Para que ter filhos para deixar sozinhos em casa?”, “Uma criança precisa da presença constante da mãe”, “Mandar para escola com 1 ano, nossa que horror vai viver doente”, “Você não cozinha para seu filho? Você serve comida congelada?”. As executivas compensam os filhos com muito consumismo, passeios, cursos, viagens para Disney e eletrônicos. E claro, comem elas mesmas muito chocolate.

E do lado direito estão as adoráveis mães donas de casa ou dondocas (que é a variação só que com babá, cozinheira e faxineira, portanto com mais tempo para cabeleireiros e academia). São mulheres mais bem humoradas (não pegam trânsito, não aguentam chefe mala, não se preocupam com as contas no fim do mês), mas bem cuidadas (com academia e salão sempre em dia) mas andam mais mal vestidas (nada de roupa social passeiam pelo supermercado com roupa de ginástica). Possuem também múltiplos interesses (seção da tarde, vale a pena ver de novo, novo corte de cabelo da mãe da colega da filha, visitar a nova academia do bairro e decidir qual a cor da cortina da sala, qual vai ser o jantar, e se o almoço de domingo será na sogra ou na mãe). Além de terem a agenda tão lotada como as mães que trabalham fora. Só que em vez de acordarem às seis da manhã para fazer meia hora de academia e trabalhar por dez horas seguidas elas acordam às nove horas tomam 30 minutos de café da manhã, assistem Ana Maria Braga para depois gastar 2 horas na academia, 1 hora no supermercado, 40 minutos na farmácia, 10 minutos na lavandeira, 40 minuto no banco e fora o trabalho não remunerado de motorista dos filhos (escola, natação balé, casa do amigo). O fato é que seus filhos comem sempre frutas frescas e alimentos saudáveis, e elas sempre fazem a lição de casa com eles. Esta espécime de mãe costuma acreditar que as mães trabalhadoras são egoístas e desnaturadas por natureza, voltadas apenas para SUA carreira, SUA vida, SEU futuro e sem tempo para filhos e marido. Pensam isto mesmo que passem a manhã na academia e a tarde no shopping enquanto os filhos ficam sozinhos com a babá o dia todo. Muitas vezes as mães donas de casas não se sentem reconhecida por cuidar da casa, maridos e filhos e sofrem com a ausência de um projeto só seu. E claro que a megera da mãe que trabalha fora faz questão de diminuí-la ainda mais: “Os filhos crescem e vão ter orgulho de uma mãe que tem uma profissão”, “Deve ser monótono ficar o dia em casa sem nada para fazer (nada pensa a não trabalhadora enfurecida?)”, “Se você vive em função dos filhos quando eles forem embora vai fazer o que?”. Nestas horas as mães que não trabalham fora (mas nossa como trabalham dentro de casa, mesmo com babá e empregada já passou um dia administrando uma casa com crianças?) costumam detonar o cartão de credito do marido. E a ligeira  depressão logo passa.

E vira e mexe as duas se esbarram à noite. A mãe que trabalha, parada na doceria do shopping se acabando nos doces, segurando as compras do supermercado e o presente da afilhada, enquanto liga para a pizzaria e avisa o marido que está a caminho para o jantar. E  a dona de casa comprando uma torta para a sobremesa do perfeito jantar preparado por ela ( pré preparado pela empregada, lógico). Uma de jóias, salto alto, bolsa  e relógio de grife e tailleur e a outra de jeans, camiseta e chinelos pois acabou de fazer as unhas do pé depois da massagem. A dona de casa logo imagina que vida de “glamour” estar sempre bem vestida, viajando a trabalho, sendo reconhecida fazendo o que gosta, ganhando o seu dinheiro, sem ter que dar satisfações sobre os gastos, e um pouco mais focada em seus interesses próprios. Se fosse assim seria mais valorizada em seu tempo pelo maridos e filhos. E do outro lado a mãe trabalhadora exausta pensando na reunião do dia seguinte e invejando secretamente a disponibilidade de levar os filhos para passear a tarde no parque e usar havaianas no fim do dia. Ainda bem que as férias logo vão chegar!

* Querida mamãe, não se ofenda com este texto coberto de estereótipos. Nem sempre a mãe que fica em casa em tão super dotada nos afazeres doméstico ou tão fútil e nem sempre a mãe que trabalha fora é um ser tão egocêntrico. Foi uma maneira sarcástica de dizer que sim, existe uma rivalidade entre os dois grupos. E independente de qual seja o seu grupo a de concordar comigo que diminuir a outra não nós torna mães melhores!

Brincadeiras a parte a ideia é fazer uma pausa para repensarmos em nossas atitudes e senso critico. Não existe criação perfeita e sim criação possível. E cada uma faz o que acredita ser o melhor para o seu filho. Que também não é igual ao da outra e tem outras necessidade. Nosso maior desejo é que a cria seja feliz. E isto é fato. Mas o erro em que muitas de nós acabam tropeçando é imaginar que somos onisciente e sabemos tudo o que fará este pequeno ser, o qual demos a vida, FELIZ!

Como já foi dito e repetido infinitas vezes: filhos criamos para o mundo e não para nós. E nossas crianças, muitas vezes deveras parecidos conosco, tem suas vontades próprias. E em grande parte das vezes estes desejos e planos não tem nada a ver com o que projetamos para eles.

Portanto, entre erros e acertos, devemos buscar além da criação “possível” a NOSSA FELICIDADE! E assim deixemos nossos filhos com mais espaço para buscar a deles. 

Por favor, experimenta!

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Comer é um dos maiores prazeres que existem, na minha opinião. Sou um bom prato, mas nem sempre fui assim. Dei muita trabalho para minha mãe e comi muitas vezes sob “forte ameaças” ou “chantagens”. Magrela e formiga só almoçava para ganhar a sobremesa e naquela época me acostumei a ter sempre doce no almoço e jantar. Como peso não era problema, pelo contrário até cheguei a criar um regime de engorda que incluíam uma barra de 200 gramas de chocolate por dia, ninguém podava minha sobremesa desde que eu batesse o prato. Aprendi inúmeras técnicas de jogar comida fora (disto me envergonho). Odiava beber leite e por isto sujava o fundo da xícara fingindo que já havia tomado tudo. Por isto, não reclamo de ter que fazer mil palhaçadas para meu filhote comer um fundinho de prato. Tenho fé que com o tempo melhore.

Não sei se foi a maturidade (dizem que toda criança passa por aquela fase chata de querer comer apenas porcaria) ou se foram os dotes culinários e a insistência da minha mãe (que graças a deus nos apresentou de tudo). Mas com o tempo passei a apreciar todo tipo de comida e não apenas sobremesas. Simplesmente amo me aventurar por sabores exóticos. Sou a convidada que toda cozinheira adora receber para o jantar. Sem frescuras de não como isto ou aquilo, disposta a tentar coisas novas e sempre pronta a abandonar o regime por uma boa receita.

Com isto tudo a única mania chata que herdei mas a vida me fez abandonar (pelo menos um pouco, vai) era o fato de que eu odiava repetir pratos na mesma semana. Detestava restos. Comida japonesa na segunda e na quinta. Não, dá! Pizza, de novo esta semana? Ah, não comida árabe dois dias seguidos, nem pensar. Variedade sempre. Os temperos me enjoam fácil. Depois que tive que pilotar a minha casa e meu fogão sozinha, todos os dias, passei abrir algumas exceções. Ok, não muitas! Meu marido que o diga (risos). Mas não incomodo ninguém e quando preciso estou lá no repeteco. Hoje (terça) por exemplo tem aniversário comemorado com pizza que eu já comi no sábado. Estarei lá.

Mas voltando ao ponto para qual me propus escrever… Culinárias do mundo, diferentes receitas. Viajar é uma ótima oportunidade de testar novas combinações. Além do que pratos fazem parte da cultura do local. Que graça tem ir até Egito e ficar comendo Mac Donald? Eu não vejo alguma. Sei que estamos acostumados a certos temperos. Muitas vezes não apreciamos tudo o que degustamos. Eu mesma não gostei da comida do Egito. Mas provei inúmeros carneiros para poder afirmar isto. Posso ter ido aos restaurantes errados. Se um dia voltar vou tentar novamente.

Meu marido tem um tio Italiano. Italiano de fato pois vive lá e não sabe português. Este tio come massa todo santo dia. Sabemos que é assim em toda Itália. Até aí natural pois minha avó do interior não vive sem o feijão que ela faz fresquinho todo dia. Mas o dito do tio quando foi à Paris (vejam bem! terra da gastronomia mundial) sofreu pois não conseguia comer massa todo dia. Dio mio! Ele vai ter a vida inteira para comer massa. Perdeu uma bela oportunidade de experimentar belíssimos pratos. E nem estou dizendo que precisava estar disposto a inovar com um scargot. Poderia ter tentado um croque monsieur que nada mais é que um tostex gratinado com queijos (franceses claro ho ho ho) e creme. Se colocar ovo frito é croque madame. Só para citar algo.

Não quero que pensem que não tenho também minhas preferências. E que poderia participar do programa hipertensão (globo) comendo todos aqueles insetos. Possivelmente, quando for a China não vou experimentar uma baratinha à milanesa e nem vou comer peixe vivo no Japão. Mas vou querer provar o que os nativos comem e aumentar meu repertório de receitas. Existem sim alguns poucos alimentos que procuro evitar mas quando não há jeito posso acabar ingerindo.

Com tudo isto, me preocupo muito com a alimentação do meu filho. Em que ele aprenda a comer saudável e bem. Ele tem apenas 10 meses e esta apenas começando. Mas sei que é em casa que ele irá aprender a comer com variedade. Se não fosse minha mãe insistindo com as frutas e verduras eu não teria adquirido o hábito mais tarde. Como querer que uma criança coma de tudo se não mostramos isto a ela?

Meu marido é ótimo, em todos os aspectos. Nos damos muito bem e brigamos quase nada. Então posso afirmar que nosso maior problema é a distância dos nossos paladares. Não vou tirar o mérito dele pois evoluiu muito desde o namoro para cá. Não meus amores! Não sou a dona da verdade. Não acho que porque como isto ou aquilo todo mundo tem que gostar. O que estou dizendo é que ter uma alimentação muito limitada interfere até mesmo no social.

Explico! O marido em questão foi criado por mãe italiana (nascida lá) e por pai italiano. Aprendeu a comer massa. Mas não feijão. Massa, mas não peixe! Pratos italianos mas não japoneses, chineses, mexicanos, árabes, tailandês, franceses… Entenderam? Feijoada na família. Lá esta ele no canto se enchendo de pão e dizendo que tá sem fome. Paella no final de semana e ele comendo só o arroz. Lula recheada da cunhada. Não, obrigada! Cordeiro assado da avó. Perdi o apetite!

Eu vivia me lamentando. Poxa, ele não come isto ou aquilo. Algumas amigas saiam em sua defesa. “Como você é chata! Deixa ele comer o que ele quiser.” Mas acontece que se ele não come eu também, não. Pizza, não tem problema certo? Errado! E olha que ele faz uma massa e assa em forno a lenha como ninguém! Mas seu recheio favorito: muzzarela. A mais sem graça na minha opinião. Pizza de funghi nunca mais! Ok já estamos em um momento da relação em que evoluímos para algumas de abobrinha ou alcachofra. Mas sempre com uma margherita junto.

Tenho que reconhecer o grande passo que ele deu incluindo em seu cardápio o peixe cru e o sushi.. Palmas para ele. Depois de muita cara de ânsia, meu amor se apaixonou pelo temaki. Estão vendo como é preciso experimentar? Quem sabe daqui há 5 anos ele passa a gostar também de feijoada, bacalhoada, carneiro assado, moqueca e paella? Até lá… Haja pão nas festas da minha família. E macarrão com molho vermelho nas dele.

Para vocês meus amigos eu digo: inove, prove, tente! Não só na culinária, como na vida!  Amanhã tem receita de Moussaká! “Lasanha Grega sem massa”

Inveja mata?

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Coloque um bom punhado de sal grosso atrás da porta de entrada da sua casa e quando se sentir muito carregada tome um bom banho com sal do pescoço para baixo. Arruda, figa, olho grego, pimenteira, crucifixo, e muita reza também ajudam

Grande parte dos brasileiros tem uma boa receita para se proteger do tão malfadado olho gordo! Dentre todos os pecados capitais é este o mais temido. Católicos ou não aprendemos desde pequenos que certos sentimentos são pecaminosos. Podemos amar, respeitar, admirar, mas nos culpamos quando sentimos raiva ou temos preguiça. Entre sensações boas e más admitimos que nem sempre merecemos o céu. Sentimos ódio, nos “penitenciamos”, aquilo passa e vai tudo bem. Mas jamais nos permitimos sentir ou admitir que sentimos a repugnante: inveja.

Existe algo mais degradante na sociedade atual, em que todos querem ser mais e melhores do que os outros, do que reconhecer que desejamos algo que o outro tem e nós não? Pois é! Em um mundo de vencedores, que esbanjam momentos de alegria  e sucesso pela internet afirmar algo do tipo seria o mesmo que admitir fracasso, mesmo que momentâneo.

Entretanto cara pálida, o mundo real não é um conto de fadas onde existem príncipes e sapos, fadas e bruxas. Em que uns possuem apenas sentimentos nobres e os outros, os malvados, os ruins. Nós, pessoas normais, com bom coração mas também com um bocado de atos inconfessáveis na bagagem invejamos. Pessoas bem resolvidas invejam, admitem para si mesmas e quando são mais evoluídas ainda confessam até mesmo para o objeto de inveja. Feito isto buscam melhorar quando podem e se conformam quando não podem. Nesta situação, para ser politicamente correto substituímos inveja por admiração.

Quem me conhece sabe que tenho pavio curto, sou preocupada e gosto das coisas certas. Uma boa combinação que causa uma dose extra de estresse na vida. Admiro, ops… Invejo pessoas tidas como desencanadas. Passam pela vida sofrendo muito menos. Vieram ao mundo a passeio e não à trabalho, como escutei uma vez e fiquei roxa de raiva. Porém, em prol da beleza da minha pele venho mudando ao longo dos anos e trabalhando para me tornar um bocadinho mais zen.

É isto que muitos chamam de inveja branca. Você vê, você deseja e você conquista o seu. Como um amigo do marido que na época da facul não queria nada com nada. Viu o marido formado e bem profissionalmente e financeiramente. Então foi batalhar e se formou também e ainda disse que tinha se inspirado nele. Fosse este amigo um ser menos bem resolvido consigo mesmo, poderia desdenhar da conquista do outro. Tentar diminuir ou simplesmente maldizer. Esta seria então a inveja negra? risos

Na primeira situação  temos algo até mesmo positivo que nos impulsiona para frente e na outra algo que não nos leva a lugar nenhum e nos faz torcer contra o outro. Temos então o invejoso típico. Aquele ser que adora invejar e não tem forças para conquistar nada seu. É aquela pessoa que não progride e portanto o desejo é de trazer para trás o outro…

Minha mãe acreditava que o invejoso mau tinha poderes “sobrenaturais” capaz de causar mal ao invejado. Um lance assim de energia ruim canalizada. Não só ela, mas muitas outras me advertiram sobre o grande perigo disto ao longo de minha vida. Crendices populares ou não prefiro dar três toques na madeira. Quem nunca contou algo muito bom para algum invejoso e viu tudo desandar minutos depois? Portanto fui treinada a não provocar a ira alheia gratuitamente. Contar vantagem sobre o romantismo do namorado para aquela amiga encalhada? Jamais! Revelar para aquele amigo que vive pendurado no cartão a quantas anda seu pé de meia? Nem sob tortura.

Sendo assim sempre estranhei pessoas que morrem de medo de energia ruim de invejosos mas vivem se auto promovendo. Afirmam: “acho que estão colocando olho gordo em mim”. Mas vivem jogando holofotes sobre si mesmo. Alguns desfilam seus bens materiais (estes costumam ser os mais pobres de espírito e geralmente são invejosos disfarçados em pele de invejados). Outros, com baixa auto estima, adoram difundir o quanto são desejados por todos do sexo oposto. E finalmente os carentes de atenção que passam metade do dia contando vantagens sobre todas as suas conquistas.

Mas entre todas as coisas que possam vir a provocar inveja em outras pessoas, eu creio que a mais poderosa é a felicidade. De que adianta todo o resto quando não somos felizes? E há quem tenha tudo mas não consiga ser feliz. Para seres assim só resta tentar diminuir a felicidades dos outros com comentários maldosos. Por que minha gente, vamos combinar que quem está de fato muito feliz quer mais é que todos estejam tão felizes quanto. E não vai se incomodar com a felicidade alheia. Portanto, pessoas que sentem prazer em “diminuir”o outro são por definição, no meu ponto de vista, infelizes. E nada irrita mais estes seres sem luz do que pessoas realizadas.

Quem não conhece alguém com uma vida simples, um emprego mais ou menos, um parceiro nada demais e que está sempre sorridente provocando a fúria das invejosas de plantão? E de outro lado alguém muito bem sucedido na carreira e nas finanças, bem casado, com familia e saúde e que vive olhando tudo o que falta sem notar o que já tem?

Para os invejosos que desdenham as conquistas alheias para no minuto seguinte copiar um aviso: fica totalmente transparente para todos. Conheci uma que falou que o pedido de casamento da outra tinha sido brega e um mês depois foi pedida exatamente da mesma maneira. Acho que até o noivo havia notado a inveja da primeira. Ridiculo, não é mesmo?

Por isto aqui vale aquela máxima de para-choque de caminhão: NÃO ME INVEJE. TRABALHE!